Câncer de intestino cresce 8% ao ano entre jovens, aponta pesquisa
Uma pesquisa da rede Diagnósticos da América S.A (Dasa) realizada na última semana, aponta que o câncer de intestino cresce 8% ao ano entre os jovens. O índice saiu de 1,7% para 2,8%, de casos em pessoas com menos de 50 anos de idade.
Para o médico oncologista, Rodrigo Fogace, os principais fatores desse aumento ainda são desconhecidos, mas destaca a alimentação como uma possível causa. “No congresso americano de Oncologia de 2023 esse tema foi intensamente debatido e as causas certamente são múltiplas, mas as principais certamente se relacionam à piora da qualidade da alimentação nas últimas décadas e também, ao sedentarismo e aumento de peso médio da população”, disse.
Diante dos dados que mostram o aumento no aparecimento de câncer de intestino, autoridades da área da saúde em todo o mundo, têm alertado à população para a importância do diagnóstico precoce, além de recomendar a colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos de idade.
O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres e o terceiro em homens. Ele inicia como um pólipo benigno, mas que pode virar um câncer no futuro caso não seja ressecado, segundo o especialista.
“Com o passar do tempo esses pólipos podem crescer e aos poucos perderem as características benignas se tornando aos poucos um câncer. Esse processo costuma durar entre 3 a 5 anos”, detalha o oncologista.
Quando diagnosticado no início, as chances de cura da doença podem passar dos 95% e os tratamentos variam de acordo com o grau do câncer. “Por exemplo, doenças em estágios iniciais (I e II) são curáveis com cirurgia, sem necessidade de terapias adicionais. Já doenças em estágio III precisam, além da cirurgia, de uma terapia preventiva com quimioterapia. Doenças avançadas em estágio IV (metástases a distância) necessitam de tratamentos contínuos, geralmente com quimioterapia”, explica Rodrigo Fogace.