O tempo passa rápido.
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É isso mesmo. Não sabemos mais como precisar se o futuro é o que virá ou se ele já se fez ontem. Explico: Não vai muito longe e a gente imaginava que a telefonia móvel, tal como a gente faz hoje com os nossos celulares, era coisa para séculos e séculos adiante. Falar e ver com quem se fala em tempo real, então, parecia ser utópico. E nem se passaram 20 anos e todo mundo já transformou essa quimera do passado num futuro vencido.

E o carro elétrico? Parecia que isso sim, nunca se viabilizaria. Hoje as ruas estão cheias de carros, motos, bicicletas elétricas e até patinetes elétricos. Só falta fazer o homem voar com uma mochila nas costas. Mas não se estranhem se eu disser que em algum lugar do planeta já tem alguém finalizando esse projeto para lançá-lo amanhã. Ou será que o lançamento será hoje?

O avanço tecnológico desafia a nossa capacidade de imaginar. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que fica difícil concluir qual conquista irá nos surpreender amanhã. Serão os avanços que a nanotecnologia promete para aumentar a longevidade humana com os recursos de microcâmeras vasculhando todo o nosso organismo e realizando até reparos genéticos capazes de sanar os riscos de um mal súbito, um câncer ou qualquer outra enfermidade?

Quem sabe não será a produção de superalimentos capazes de nos tornar imunes a qualquer dano físico?

Loucura de minha parte? Não! Exagero? Também não. Todas as cartas estão na mesa. Só falta que algum gênio mova a peça correta para que a humanidade dê um salto de qualidade cada vez maior no alcance daquilo que a ciência, a física, a química e os sonhos ousam nos oferecer.

O progresso que imaginei só ser possível em séculos, chegou a mim antes que completasse um quarto desses cem ou duzentos anos. E nos espanta a velocidade com que tudo acontece hoje. As cidades se avolumam em  condomínios horizontais cada vez maiores e mais altos, ao mesmo tempo que as pesquisas provam que as áreas de cultivo podem produzir muito mais toneladas de alimentos,  em galpões especiais que não atingem nem a dimensão de um hectare, que as extensas plantações de grãos que ainda vemos hoje por esse Brasil afora.

É tudo uma questão de tempo. Na Arábia Saudita, a construção da The Line já começou. E a cidade do futuro, que pretende ser totalmente sustentável abrigando dez milhões de pessoas num espaço que pode ser percorrido em cinco minutos de um extremo ao outro, primando pela qualidade de vida e bem estar de sua população. Ninguém questiona o feito, só assiste como aula prática, o que a inovação tecnológica nos oferece.

Será esse o primeiro grande passo para que o homem devolva ao planeta as condições dele se recuperar dos danos que a própria espécie humana lhe causa todos os dias? Torçamos. O fato é que avançamos sempre.

O que nos move agora é saber onde queremos chegar. Se apenas nos robotizar cada vez mais, criando máquinas e inventos que continuem substituindo a força operacional do homem com muito mais acerto e qualidade, ou vamos nos olhar como obra prima da criação e também buscar o nosso avanço espiritual?

Será que o mundo pode se fazer apenas como chips, softwares, sistemas e programações, ou se não nos é essencial manter o nosso foco principal, na necessidade de nos enxergarmos nos nossos semelhantes e cultivar, cada vez mais, a certeza de que nunca sobreviveremos isoladamente? Precisamos do progresso sim, mas sobretudo, de que essa conquista venha carregada de alma, coração e sentimentos bem humanos. Está aí, no nosso grande desafio.


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