Cultura dos Grãos: cenários não são animadores para a temporada 2023/24
Este é um dos anos em que os produtores precisam pensar com muita seletividade sobre no que vão investir. Foto: reprodução/Internet.
Estamos iniciando os preparativos para a temporada de grãos 23/24. Em alguns meses estaremos iniciando o plantio da soja no Brasil, logicamente depois da soja voltaremos a semear a cultura do Milho.
Os anos muito seguros onde os preços sempre operam em alta absorvendo os contínuos aumentos de custos já ficaram para trás. Para esta temporada, com o atual cenário nas cotações, um fator preponderante para melhorar o resultado tanto de soja quanto de milho é a produtividade. Com custos elevados, preços em baixa o que nós precisamos ter são altíssimas produtividades para reduzir o custo por unidade produzida.
Este é um dos anos em que os produtores precisam pensar com muita seletividade sobre no que vão investir o seu capital, quanto vão investir e em qual momento vão investir, ou seja, qualquer investimento precisa ser extremamente avaliado. O momento não é de Audácia é de ponderação. a intempestividade pode causar problemas do seu fluxo de caixa e logicamente se tem investimentos que foram planejados anteriormente que já estão em curso.
Os investimentos bem pensados, bem analisados que precisam ser feitos, são essenciais e devem continuar, todavia, para pensar nos próximos 20 meses a cautela deve ser sua melhor conselheira. Os cenários não são animadores para cultura de grãos e esse raciocínio não cabe somente para as culturas de soja e de milho, mas também vai para outras atividades como a pecuária de corte, que é outro exemplo.
Recentemente um dos maiores bancos de varejo do Brasil projetou os preços da carne bovina sem alteração até o fim do ano, ou seja, eles não devem subir até o fim deste ano. A instituição financeira projetou o aumento do abate de animais neste ano, com isso teremos uma constante oferta, o que limita em muito as possibilidades de altas da cotação da carne bovina.
Em um mercado com folga de oferta a restrição de demanda é uma realidade que nós estamos vivendo agora e esse cenário prejudica altas nos preços da carne bovina. Essa é a análise de um grande banco de varejo no Brasil.
