A resposta esperada

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Raciocínio humano versos inteligência artificial
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Nesse Brasilzão cheio de contrastes, a fome e a miséria sempre fizeram parte do cotidiano de todos nós, com uma persistência tão inclemente que só não incomoda quem está no poder.Não raro encontramos amigos ,familiares e desconhecidos de toda sorte partilhando sua desdita e sempre dentro de um cenário crônico e inalterado. O problema agora é que, diferentemente do que tomamos como corriqueiro, a situação parece caminhar para algo epidêmico, para não dizer pandêmico.

Na mesma proporção em que o avanço tecnológico seleciona a mão de obra no mercado de trabalho, aumentam-se as presenças de desempregados, especialmente nas cidades de porte médio acima onde a automação se faz em passos largos na antecipação do futuro.

É claro que também notamos o crescente número de jovens de tenra idade ocupando espaços cada vez maiores na mídia , onde exteriorizam um conhecimento cada vez mais amplo e profundo no campo inimaginável do que a inteligência artificial pode prometer ao homem.

A propósito, você já se perguntou a onde chegaremos nos próximos cinco anos com as conquistas diárias da tecnologia? Qualquer resposta para isso parece não ser a mais exata para o que nos reserva o futuro, inda que fundamentada em estudos e pesquisas que se sucedem nesse campo com a mesma profusão de grãos de areia em uma praia.
O que não diminui, a despeito de tanto avanço é a pobreza e a fome de nossa gente.

A cada dia aumentam o número de pessoas que. A pretexto de superar dificuldades diárias se transformam em vendedores de balas e outros doces nas portas de supermercados, padarias ou qualquer outro estabelecimento onde a afluência de pessoas e expressiva. A mesma cena de repete nos semáforos, nas praças e nas pistas de caminhada dos muitos parques espalhados pela cidade. O trabalho desses autônomos de última hora apenas esconde a lesão de que a modernidade sem compromisso com o ser humano vai criando em cada cidade segregando lenta e progressivamente os incultos tecnológicos.

Documento essa situação todos os dias nos locais onde busco atender as necessidades de minha casa e família. Costumo dar ouvido às lamentações de homens e mulheres que não segredam o vigor físico nem a falta de oportunidades para se garantirem em empregos havidos antes, e que agora exigem um conhecimento científico comum a tantos, mas igualmente proibitivo aos que sempre confiaram-na força física para ganhar o pão de cada dia.
Quando descobrimos os locais onde o poder público oferece assistência a quem precisa, compreendemos a dificuldade que esse tipo de atendimento enfrenta, seja pela carência de profissionais habilitados ou pela absoluta e crônica falta de condições de trabalho aos poucos servidores que lá atuam.

Além disso, as verbas orçamentárias destinadas a amparar o ser humano fragilizado por qualquer serviço público é infinitamente inferior ao gasto que o seu administrador dispensa aos seus interesses políticos e partidários.
E nesse descompasso de progresso tecnológico e retrocesso social caminhamos todos ao encontro de uma estranha quimera, mas acreditando que, em algum momento, a própria inteligência artificial desenvolvera sentimentos e terá afeto bastante para tratar o ser humano como seu criador. Até lá, rezemos e torçamos para que essa seja a resposta mais breve que esperamos de tanto avanço tecnológico.


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