Sindicato dos Psicólogos deve ser recriado em Goiás

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Profissionais de psicologia tentam recriar sindicato
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A Assembleia Geral do Sindicato de Psicólogas e Psicólogos do Estado de Goiás é o primeiro passo para reativar a entidade trabalhista depois de mais de uma década. Essa iniciativa começou  há mais de dois anos com um grupo de psicólogos que, por meio de datas e documentos, elabora um plano de ação para o Sipego.

O Sindicato dos Psicólogos e Psicólogas do Estado de Goiás foi criado na década de 1990, e depois de várias diretorias e também associações profissionais, acabou ficando paralisado. A reativação da entidade tem como um dos principais nomes de liderança o da psicóloga Déborah Legínia Ribeiro de Miranda que convoca os pares para a reunião que elegerá a nova mesa diretora e na sequência uma Comissão Eleitoral.

O evento acontece na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, nesta terça-feira, 12, a partir das 9h. De acordo com a psicóloga Déborah Legínia, essa nova mesa diretora deve iniciar uma luta junto ao Ministério do Trabalho e outras entidades federais para restabelecer o Sindicato no Estado de Goiás, já que segundo a psicologa existem mais de 16 mil profissionais no estado.

O Sinal Aberto conversou com a psicologa Déborah Legínia Ribeiro de Miranda sobre a representatividade do Sipego para os profissionais.

S.A – Qual é a importância do Sindicato?

D.M – É vital para manter o direito da categoria. Segundo a CLT, cabe aos sindicatos representar perante as autoridades administrativas ou os judiciários interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal, ou interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida.

Portanto, é o sindicato que vai promover a luta pela maioria dos salários, da carga horária e por todo e qualquer direito inerente ao trabalhador. Nós, psicólogos, estamos há muitos anos buscando as 30 horas semanais de carga horária. Então a gente precisa dos sindicatos para a gente conseguir, inclusive, uma vitória nas 30 horas semanais, a gente tem ambientes insalubres, tudo isso. É o sindicato que vai promover, realmente, que isso seja concretizado e que a gente possa manter dignidade no nosso trabalho, inclusive nos direitos previdenciários.

S.A – Qual é a diferença entre Conselhos de Psicologia e Sindicatos.

D.M – De acordo com a Lei 5.766, que cria o Conselho Federal, os Conselhos Regionais de Psicologia, a função típica dos conselhos de psicologia é a de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão do psicólogo e zelar pela fiel observância dos princípios da ética e disciplina da classe.Então, a gente não pode confundir o papel dos conselhos profissionais com as atribuições previstas na lei dos sindicatos.

S.A – E qual é a realidade atual do Sindicato dos Psicólogos em Goiás?

D.M – Atualmente, o Sindicato dos Psicólogos do Estado de Goiás está inexistente junto ao Ministério do Trabalho e do Emprego, que é o organismo que supervisiona os sindicatos. E nós estamos também com a documentação inativa. Isso aconteceu porque, infelizmente, existe uma desmobilização da classe.

Em 2013, houve uma eleição da Comissão Provisória, que infelizmente não conseguiu avançar para poder arrumar essa documentação. E aí houve uma paralisação das atividades do Sindicato. Sem termos uma inscrição sindical a documentação foi inativada. Nós tivemos muita dificuldade em alguns momentos de fazer uma união, mas nós temos uma história. Foi criada em 1990, veio da junção com uma Associação de Psicólogos e aí a gente teve várias diretorias com nomes expressivos da psicologia. Mas infelizmente aconteceu isso, caiu a comissão, a gente não sabe muito bem por qual motivo. Mas a principal questão é que a gente não tem os documentos dessa comissão e aí ficou impedido por muitos anos.

S.A – E agora vocês tem essa mobilização, quem são essas pessoas?

D.M – Para reativar o Sindicato nós tivemos um grupo expressivo de psicólogos que se uniu. A gente começou a mobilização em dezembro de 2022 e somente agora a gente conseguiu juntar os grupos com a presidência da Federação. Estão no grupo os integrantes do Conselho Regional de Psicologia, que estão lá como psicólogos, que querem a questão e o apoio do CRP também, como orientação e divulgação.

S.A – Quais as expectativas para a nova diretoria?

D.M – Nós esperamos que essa nova diretoria que vai ser eleita depois do estabelecimento da reativação do Sindicatos nessa Assembleia Geral do dia 12, que ela possa, agora com essa junção dos psicólogos, realmente fazer ele ser ativo e bem forte.Nessa nova diretoria, a gente vai propor inicialmente a legalização da documentação, junto ao Ministério do Trabalho e do Emprego, para que a gente possa, enfim, ter as convenções coletivas, podendo proteger a classe, como por exemplo, tendo o piso mínimo da categoria.

Os profissionais que têm carteira assinada, vão poder contar com o sindicato , inclusive com as rescisões necessárias, além de outros benefícios, assim como os profissionais liberais no que diz respeito a descontos em clubes, lazer, viagens, convênio com bancos, planos de saúde. A gente acredita que com esse pool de serviços, com a representação da classe, a gente vai ser atuante onde tem psicólogo trabalhando.

Serviço

Eleição da mesa diretora para recriação do Sindicato dos Psicólogos de Goiás (Sinpego) nesta terça-feira, 12, a partir das 9h no Auditório 1 da Assembleia Legislativa de Goiás 


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